composição corporal e tipos de dieta - o que a ciência realmente mostra?

Revisão publicada no dia 14/06/17. O posicionamento da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva (ISSN) baseia-se em uma análise crítica da literatura científica sobre os efeitos dos tipos de dieta (composição de macronutrientes, estilos de alimentação) e sua influência na composição corporal. A ISSN concluiu o seguinte:

1) Existe uma grande variedade de tipos de dieta e estilos de alimentação, em que vários subtipos se enquadram em cada um dos principais padrões alimentares.

2) Todos os métodos de avaliação da composição corporal têm pontos fortes e limitações.

3) As dietas focadas na perda de gordura são baseadas em um déficit calórico sustentado. Quanto maior o nível de gordura corporal, maior déficit calórico pode ser imposto. Uma perda de peso mais gradual pode preservar melhor a massa magra em indivíduos que já possuem um nível de gordura mais baixo.

4) As dietas focadas no ganho de massa magra são baseadas em um aumento calórico sustentado para facilitar os processos anabólicos e dar suporte ao aumento das exigências de treinamento de força. A composição e o grau do aumento calórico, bem como o status de treinamento dos sujeitos, podem influenciar a forma dos ganhos.

5) Uma ampla gama de abordagens dietéticas (baixa gordura, baixo carbo, cetogênica e todas as variações entre elas) podem ser igualmente eficazes para melhorar a composição corporal.

6) O aumento da proteína da dieta em níveis além das recomendações atuais para populações atléticas pode resultar em melhor composição corporal. Podem ser necessárias ingestões proteicas mais altas (2.3-3.1 g / kg corporal) para maximizar a preservação muscular em indivíduos magros e treinados em condições de restrição calórica. Pesquisas sobre ingestão de proteína muito alta (> 3 g / kg) demonstraram que os efeitos termogênicos, sacietogênicos e de preservação da massa magra podem ser amplificados em indivíduos com treinamento de força.

7) As pesquisas sobre jejum intermitente não demonstram nenhuma vantagem significativa sobre a restrição calórica diária tradicional para melhorar a composição corporal.

8) O sucesso a longo prazo de uma dieta depende da conformidade e supressão ou evasão de fatores atenuantes, como a termogênese adaptativa.

9) Há uma escassez de pesquisas sobre mulheres e populações mais velhas, bem como uma ampla gama de permutações inexploradas de freqüência alimentar e distribuição de macronutrientes em vários contexto energéticos (hiper/hipo/normocalóricos) combinados com o treinamento. As estratégias comportamentais e de modificação do estilo de vida ainda são áreas pouco pesquisadas no controle do peso.

Recomendo a leitura integral do artigo, segue o link: bit.ly/revisaoISSN

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